sábado, 7 de dezembro de 2013

“Ela estava chorando. Isso era normal, tudo bem. Ela sempre tivera muitos problemas, mas sempre esteve sorrindo por aí e fazendo piada com tudo. Ela sempre adorou muito as pessoas. Sempre gostou de roupas, de gatinhos, de cachorros, sempre foi muito aparente. E então, às três horas da manhã, começava a chorar? É sempre desse jeito? Você tem que fingir que está tudo bem para as pessoas, quando na verdade, não está nada bem. E nem é da situação emocional que eu falo. É tudo. Quando não está tendo rendimento no que quer que faça, e com nervos à flor da pele. Quando se trata todos mal, quando se sorri de forma que dói. É tudo mesmo. E só então, eu percebi, ela é tão criança quanto eu. Porquê tratamos as pessoas mais velhas que nós, como se elas nunca tivesse tido a nossa idade? Intrigante. Hoje, elas já estão melhores que nós, talvez. Já têm mais sabedoria. E nós estamos aqui, com curiosidade. O ser humano está muito prático, talvez até prático demais. Conformidade. Carros. Pra quê utilizar carros? Porque não utilizar mais do nosso incabível amor, e distribuí-lo por aí? Prédios. Eu nunca gostei de prédios. Vamos entender a cabeça humana. Eles criam coisas perigosas, que influem em suicídio e quedas acidentais. Passam mais de um ano para construir algo à não sei quantos metros de altura. E é isso? Deus do céu! Todos são tão ignorantes. Eles insistem em confundir e ignoram qualquer formação palavrar que mostre a realidade da vida. O ser humano se destrói a cada segundo.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário